Criar um Site Grátis Fantástico
Dicas
Dicas

Situações de Risco

Mesmo o mais prudente dos motoristas está sujeito a surpresas desagradáveis no caminho. Diante de imprevistos, é preciso agir com rapidez e manter a calma. Por isso, aqui nós selecionamos as situações mais difíceis que acontecem com freqüência nas ruas e damos as dicas para você se sair bem delas.

Aquaplanagem

Com pista molhada, uma fina camada de água pode se formar entre os pneus e o solo, fazendo com que o carro perca a aderência e deslize sem nenhum controle. Esse problema acontece a partir dos 50 km/h, em geral, mas depende do volume de água. Se for muito grande, ela pode ocorrer até em velocidades menores, a partir dos 30 km/h. É como se você tentasse correr em uma pista de gelo. Manter os pneus em boas condições é importante para ajudar a evitar a aquaplanagem. Pneus desgastados, com sulcos que não estejam profundos o suficiente, aumentam as chances de que isso aconteça. Mas, caso aconteça, nunca pise no freio ou vire bruscamente o volante. Tire o pé do acelerador aos poucos (sempre com o veículo engrenado) e mantenha o volante reto. Quando sentir que os pneus estão voltando a ter contato com o solo, vire bem pouco e suavemente a direção para a direita e para a esquerda até sentir que o carro recuperou totalmente a aderência.

Atolamento

Nas estradas de terra, o ideal é passar em baixa velocidade sempre com as rodas nas partes mais altas da pista, fugindo das depressões causadas pela passagem de outros veículos. Se a via estiver enlameada, o melhor é seguir em segunda marcha, que garante maior tração, acelerando com suavidade para que as rodas não patinem. Se atolar, retire um pouco do barro à frente das rodas, coloque galhos, pedras ou folhas sob os pneus e procure sair em primeira marcha, sempre de forma suave, para que as rodas não afundem mais. Desatolar o carro na areia pede basicamente os mesmos procedimentos que os na lama. A diferença é que você pode molhar a areia para que fique mais compacta e não ceda tanto com o peso do veículo. Na falta de galhos ou pedras, os próprios tapetes do carro poderão ser usados para calçar os pneus (eles também podem ser usados no caso do barro). Uma outra possibilidade é esvaziar um pouco os pneus para que tenham maior área de aderência com o solo.

Buracos

Eles estão sempre presentes na cidade ou nas estradas. Velocidades mais altas podem comprometer a possibilidade de um desvio providencial e fazer com que se perca o controle do carro, ganhando uma roda amassada ou um pneu estourado. Ao perceber que não conseguirá evitar um buraco, mantenha o volante reto e não pise bruscamente no freio. Isso fará com que a pancada seja transmitida ao pneu e não diretamente à suspensão. Pisar na embreagem evitará danos ao câmbio, mas aliviar a pressão no acelerador já ajuda a diminuir o prejuízo.

Derrapagens

Nos carros com tração dianteira existe a tendência de o veículo perder aderência e ir reto (sair de frente), em direção oposta à da curva – o chamado subesterçamento. Se isso acontecer, nunca pise no freio. Tire o pé do acelerador e gire o volante para dentro da curva até retomar a trajetória normal. Os carros equipados com tração atrás têm propensão a sair de traseira nas derrapagens em curvas –- o chamado sobre-esterçamento. Isto é, a parte de trás do carro sai lateralmente, não acompanhando a trajetória da curva. Nesse caso, tire o pé do acelerador e gire o volante para o lado contrário da curva até que o carro aponte para ela novamente. Retome a aceleração de forma gradativa.

Estouro de Pneu

Os projetos de pneus modernos raramente permitem que isso aconteça. Mesmo assim, sempre é bom examiná-los para verificar o surgimento de bolhas ou rachaduras, que podem ser causadas por impactos em buracos ou guias. Caso ele estoure ou esvazie com o carro em movimento, não pise no freio. Mantenha o carro em linha reta (provavelmente ele vai “puxar” para o lado do pneu estourado) e reduza a velocidade apenas tirando o pé do acelerador. Quando tiver o controle do veículo, sinalize e cuidadosamente saia para o acostamento ou outro local seguro para fazer a troca.

Freada Brusca

Na cidade, não ande muito perto do carro da frente. Na estrada, você deve estar, no mínimo, a 2 carros de distância dele. Isso assegura uma margem para evitar possíveis colisões. Para manter a distância correta, olhe para a traseira do carro da frente. Se não enxergar os pneus, só o pára-choque, está perto demais. Se o outro veículo frear e seu carro tiver o dispositivo ABS, basta pisar fundo e forte, sem aliviar a pressão no pedal (mesmo que ele trepide, o que é normal), até o carro parar ou atingir uma velocidade adequada. Se não tiver o ABS, procure dosar a pressão no pedal, pisando e aliviando um pouco sempre que sentir que as rodas estão na iminência de travar (o que pode desgovernar o carro). Não desvie simplesmente. Você pode fechar ou atingir outro carro. E não esqueça: se o carro da frente tiver ABS, ele vai parar em um espaço menor. Como saber se ele tem ABS? Não há como. Melhor então aumentar a distância entre você e ele.

Pane no meio da pista

Sinalize com a seta e com as mãos e tente levar o carro para a faixa da direita ou para o acostamento. Se isso não for possível, pare e ligue o pisca-alerta. Para evitar a possibilidade de atropelamento, saia do carro com cuidado e não deixe que outros passageiros, em especial as crianças, desçam antes que você. Coloque o triângulo a pelo menos 50 metros do veículo, permitindo que os outros motoristas o vejam e possam desviar com antecedência e segurança.

Pedestres

Na dúvida, sempre dê preferência aos pedestres. Respeite e obedeça a faixa de travessia, onde eles têm toda a prioridade. No trânsito, esteja sempre atento em ruas e avenidas movimentadas para conseguir prever as atitudes que o pedestre vai tomar e poder reagir a tempo. Principalmente se forem crianças, que podem sair correndo distraídas e atravessar na sua frente inesperadamente.

Transporte de Crianças

“Lugar de crianças, menores de 10 anos, é no banco traseiro” (Código de Trânsito Brasileiro, artigo 64). E, mesmo atrás, devem usar cinto de segurança de três pontos, caso tenham altura de aproximadamente 1,50 metro e já possam apoiar os pés no assoalho do carro. Para crianças menores, deve-se usar cadeirinha adequada ao peso e à altura. A do tipo “conchinha” é indicada para recém-nascidos e crianças de até 9 quilos e deve ser colocada no banco traseiro, de costas para o painel e presa ao cinto de segurança de três pontos. Essa posição, em uma freada brusca ou batida, protege a cabeça, o pescoço e a coluna do bebê. Crianças entre 9 e 18 quilos devem ser levadas em cadeirinhas adequadas à faixa de peso, colocadas no banco traseiro de frente para o painel e presas pelo cinto. Crianças acima de 18 quilos devem usar os assentos “elevatórios” (boosters), sempre presos pelo cinto. Segundo a pediatra Regina Pirito, do Laboratório de Segurança Viária, só nessas condições é que se pode transportar crianças pequenas. O uso de almofada e/ou cinto é condenado.